tag:blogger.com,1999:blog-77157661110388917052023-07-18T01:52:44.936-03:00O Desabrochar da BorboletaAdrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-71762601994765495862008-09-23T16:58:00.002-03:002008-09-23T17:05:51.410-03:00Pátria amada, Brasil!!!!!!<p>Mais uma mudança inesperada de planos na minha viagem e... aqui estou, de volta a minha terra!!!!!! Decidi voltar menos de 24h antes do meu embarque. Como eu tinha decidido continuar viajando, eu iria perder o bilhete, que estava vencendo – é, dia 31/8/08 completou 1 ano de viagem!!! Ao invés disso, resolvi tirar férias das férias: aproveitar o bilhete, matar as saudades, e voltar em breve. Não avisei ninguém da minha chegada e as reações das pessoas, as expressões de susto e alegria ficarão guardadas na minha memória para sempre. A emoção foi enorme!</p><p>É bom estar aqui, apesar de uma passagem rápida assim pela pátria amada não ser exatamente fácil. Na verdade, organizar essa segunda saída está bem mais difícil. O coração fica mais apertado. Por outro lado, sinto que minha missão como peregrina ainda não está cumprida e uma força maior me chama de volta para a Índia. Mas rever as pessoas e a terra amada era tudo que eu queria há muito tempo e estar aqui traz uma emoção que não tem preço!<br /><br />Bom, vou aproveitar esses dias por aqui e finalmente colocar o blog em dia! Então, podem continuar acessando, porque vem muita coisa interessante pela frente. </p>Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-45984664659992773462008-08-19T18:57:00.000-03:002008-08-19T19:00:42.381-03:00Pelas plantacoes de cha de Munnar – Kerala (India) – mai/08Saindo de Cochin, fui para Munnar, uma cidade montanhosa em Kerala, famosa pelas plantacoes de cha e pelo chocolate. Cheguei la, inadvertidamente, e sem reserva de hotel numa 6a feira a noite, em pleno verao, em periodo pre-moncoes... Grave erro. Nessa epoca esta todo mundo fugindo do calor das cidades e as “hill stations” ficam lotadas. Nao tinha vaga em nenhum hotel da cidade. Descobri isso ao pedir informacao a um casal de indianos sobre uma pousada que eu tinha planejado me hospedar. Eles ja tinham passado pela mesma situacao, tambem chegaram la sem reservas, e me disseram que nem adiantava procurar. Eu achei meio estranho, falei que ia dar uma rodada pela cidade mesmo assim e ele se ofereceu para me ajudar, ja que estava de carro. Tambem ligou para uma pessoa que os tinham ajudado a encontrar um quarto, de propriedade da igreja catolica, e porisso mesmo estranhamente caro, principalmente pela estrutura que oferecia. Acabou que o casal me convidou para dormir no quarto deles. Eram os 2 e uma filhinha de 1 ano. Como eu tinha meu colcao e meu saco de dormir, e na total falta de outra opcao, aceitei. Eles foram anjos colocados no meu caminho... Descobri isso no dia seguinte, depois que ouvi as estorias de outros estrangeiros que chegaram na mesma situacao que eu...<br /><br />No dia seguinte, consegui vaga na pousada que eu queria, para dormir na sala, na primeira noite! E o casal me convidou para fazer um tour com eles e assim conhecer os lugares mais distantes, ja que eles estavam de carro. Fui com eles e foi uma fria... Eles eram daquele tipo de turista que chega no lugar, tira uma foto correndo e vai embora. Eles tinham so um dia em Munnar, tinham que ir embora a noite e queriam conhecer o maximo possivel de lugares... Nao e' o meu esquema. Apesar do carinho e interesse deles em ter a minha companhia, a minha “sorte” foi ter esquecido a minha carteira no banco, em Munnar, e tive que interrromper o passeio e voltar de carona. Minha carteira ainda estava la, apenas com 30 rupias a menos, que nao chega nem a 1 dolar.<br /><br />Aproveitei a tarde meio perdida e fui colocar meus e-mails em dia (missao impossivel...), em um internet cafe, onde conheci a Marion, uma austriaca gente bonissima, com quem passei o resto do dia.<br /><br />No dia seguinte de manha, fomos eu, ela e um conhecido dela fazer um passeio pelas plantacoes de cha. Subimos ate a divisa com Tamil Nadu. O lugar e' lindissimo! Ficamos perambulando pelas plantacoes de cha por horas, tirando milhoes de fotos – eramos todos descendentes de japoneses! - e iamos nos revezando nas poses que cada hora um inventava. Olhando de longe, as plantacoes parecem um veludo verde arredondado. Da vontade de deitar em cima. Entao, deitamos mesmo e as plantas dao conta do peso! So que a sensacao nao e' tao aveludada assim... =)<br /><br />Na volta, eles se mudaram para a minha pousada e todos os estrangeiros hospedados la se reuniram e ficamos de papo ate tarde. No meio desse papo todo, consegui convencer o Will, um amigo ingles a ficar 1 mes a mais na India. <br /><br />A vida e' curta e temos que aproveita-la intensamente e o momento e' AGORA! Muita gente pode viajar, aproveitar, se divertir, mas simplesmente nao se permite... E encontra desculpas convincentes. Vamos acordar!!! Qual e' o sentido de tudo que vivemos, do tanto que trabalhamos se nao pudermos aproveitar e curtir a vida, estarmos na natureza; nos reconectarmos com a nossa essencia, com a Mae Terra?<br /><br />No dia seguinte, depois de um delicioso cafe da manha, nosso grupo mais uma vez se desfez, na esperanca de nos reencontrarmos no norte da India, destino da maioria de nos.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-70567353364953025092008-08-08T09:32:00.004-03:002008-08-08T10:15:56.996-03:00Colorida Cochin (Kerala - India) - mai/08Estou no deserto da Jordania ha 2 semanas!!! Que experiencia incrivel!!!! Vim para passar 2 dias e resolvi ficar 1 mes. Muito descanso, muito contato comigo mesma, com a natureza, muito calor... Estou amando!!! Meu acesso a internet aqui esta bem restrito, mas vou tentar atualizar o blog pelo menos uma vez na semana. Entao, vamos la, porque ainda estou relatando a India...!<br />...<br /><br />De Allepey, em Kerala, onde eu passei alguns dias no Ashram da Amma, Eu e Lucy, minha amiga franco-americana, fomos juntas no trem ate Cochin e ali nos despedimos. Ela seguiu para Goa e eu desembarquei em Cochin. Esse lugar foi especial da chegada ate a partida. E' um lugar muito colorido, leve e gostoso, desses que nao da vontade de ir embora rapido. Fiquei 4 dias, caminhando pra cima e pra baixo, sempre meio sem rumo e meu programa favorito era caminhar pelo bairro mais pobre, completamente fora de qualquer roteiro turistico. A criancada fica louca quando ve estrangeiro, e todas vem conversar, fazer 1000 perguntas, pedir canetas e pedir para tirarmos fotos delas! Sao lindas, muito cheias de vida e de inocencia! Alguns adultos tambem me pararam para puxar conversa, convidar para um cha. Eles sao muito abertos, siimpaticos, interessados. O nivel de escolaridade em Kerala e' bem alto e da pra sentirmos a diferenca.<br /><br />Kerala e' um estado comunista democratico e o sistema la parece que funciona bem! Um exemplo interessante a ser analisado...<br /><br />Caminhar pelas inumeras lojas de temperos, especiarias e cereais, montadas em antigos e coloridos casaroes portugueses, e' uma volta ao tempo, com tudo exposto na frente das lojas e vendido a granel. Lindo!<br /><br />A paisagem mais tipica de Cochin sao as redes de pesca chinesas, na beira da praia. E um sistema de pesca tradicional bem interessante, que infelizmente esta morrendo aos poucos. Perto da praia, ao por do sol, tambem apareciam varios golfinhos nadando...!!! <br /><br />Assisti a um show de musica classica indiana, com instrumentos tipicos de Kerala, parecidos com a tabla e a citara. O sistema de notas musicais e marcacao do som indianos sao completamente diferentes do nosso, absolutamente complexos. E' interessante assistir como eles sempre marcam o som, batendo a palma da mao para baixo e para cima.<br /><br />Um dia fui a um campo, num vilarejo a 70km de Cochin, onde eles dao banho nos elefantes todas as manhas, num rio. Foi a coisa mais linda e eu dei banho neles tambem!!! Eles escovam os elefantes com casca de coco. Nesse vilarejo, eles estao reproduzindo os elefantes para solta-los depois na mata, na idade certa!!! Tinham alguns filhotes tomando banho! Depois fui tomar banho de rio num lugar lindo, com varias cachoeiras (baixinhas, quase corredeiras, mas lindas!). E o detalhe e' que tive que entrar na agua exatamente como eu estava vestida, de calca e vestidao de manga comprida. Ve se tem logica isso, os homens entram na agua de cueca, nao e' nem calcao de banho, e' cueca mesmo, as mulheres, totalmente vestidas...<br /><br />A culinaria de Kerala e' deliciosa, com muito coco misturado na comida ou chutney de coco acompanhando. Sem falar das dosas maravilhosas, uma massa finissima e crocante, que comemos com molhos e chutneys. Isso e' tipico de todo o sul da India, mas e' especialmente gostoso em Kerala. Da agua na boca so de lembrar.<br /><br />Kerala tambem e' o estado da medicina ayurvedica e fui experimentar uma massagem e, finalmente, o shirodara, aquela terapia onde o paciente fica deitado com oleo medicinal pingando na testa. A massagem foi boa mas oleosa demais para o meu gosto. Prefiro disparado a tailandesa. Mas o shirodara... sai de la praticamente flutuando... E' bom demais!!! E, como tratamento em si, devem ser feitas pelo menos 5-7 sessoes para que realmente possamos sentir o efeito. Mas, deu pra sentir o potencial dessa terapia maravilhosa, especialmente indicada para casos de ansiedade e stress, mas nao pra todo mundo, ja que a ayurveda tem um tipo terapeutico especifico para cada tipo bio-psico-fisico.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-71466005543169641712008-07-16T11:19:00.002-03:002008-07-16T11:27:11.793-03:00Pelos Canais de Kerala - India (mai/08)<span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span><span lang="PT-BR">Alleppey e’ a porta de entrada para os famosos passeios de barco pelos inumeros rios e canais de Kerala. Eu e Luci tentamos, no primeiro dia, fazer um pequeno passeio com o barco do transporte local mas, com a dificuldade de comunicacao, nao conseguimos encontrar o barco certo.</span> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">No dia seguinte, fomos a Marari beach, uma praia maravilhosa, ainda nao descoberta pela massa turistica. Areia branca, inumeros coqueiros, um paraiso!</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><span style=""></span>No terceiro dia, finalmente, fizemos nosso tao esperado passeio pelos canais. Peter, meu amigo Bollywoodiano, se juntou a nos. Ao inves de escolhermos um dos grandes, lindos e poluidores barcos-casa, onde as pessoas fazem o passeio e dormem por uma noite no barco, optamos por um passeio de canoa, que nos levou aos pequenos canais, impossiveis de serem explorados por grandes barcos. Passamos por pequenos vilarejos, com criancas brincando e pedindo canetas (Kerala e’ um estado com otimo indice de alfabetizacao e la as criancas pedem canetas a inves de dinheiro! Lindo!), mulheres lavando roupas e loucas, bufalo d’agua e muito mais.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Nossas fartas refeicoes foram na propria casa do Sr. Kunjanchan, nosso guia, uma estranha figura que as vezes comecava a rir sem qualquer motivo aparente, talvez nos achando loucos de pagarem 500 rupias para trabalhar pesado, remando a canoa dele por varias horas!</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">No caminho, fizemos uma parada para o Sr. Kunjanchan nos apresentar a cerveja de coco, bem tipica da regiao. O sabor era estranho, nem boa nem ruim. Tinha um pouco de gosto de pao encharcado, com uma leve fermentacao e o teor alcoolico ainda nao estava alto, precisava de uma um ou dois dias fermentando. Mas, entrou como um interessante dado da pesquisa etilica dessa viagem!</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Na manha seguinte, nosso pequeno e recem formado grupo se dissolveu, cada um seguindo seu proprio caminho rumo ao norte, na esperanca de nos encontrarmos la por cima mais uma vez.</span></p>Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-91412361665870181892008-07-11T03:09:00.001-03:002008-07-11T03:11:56.876-03:00Amma - The Hugging Mother - India (abr/08)<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Amma e’ uma dessas pessoas que dedica a vida em prol do bem estar alheio. Ela sentiu o chamado desde crianca e e’ reconhecida internacionalmente pelos milhoes de abracos que distribui pelo mundo. A intencao e’ espalhar amor e levar <i style="">consolo</i> `a dor alheia. Alem disso, ela tem inumeros projetos sociais, ja construiu milhares de casas, varias escolas, hospitais (inclusive um ayurvedico de primeira linha), etc., e suas atividades nao param.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />Visitei o Asharam dela em Kerala, no sul da India, localizado num lugar maravilhoso, uma estreita peninsula entre um rio e o mar, o qual, inclusive, foi inundado pelo Tsunami de 2004. A participacao dela na recuperacao da regiao foi importantissima.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />Meu timming foi perfeito, porque ela viaja muito e passa pouco tempo no Ashram, mas cheguei para receber seus dois ultimos dias de abracos em Kerala, ate agosto.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />O Ashram e’ enorme, sao cerca de 3.000 residentes, entre indianos e gringos. E a quantidade de gente que vem receber seu abraco e’ inacreditavel. A energia dela e’ forte, da pra sentir `a distancia. Mas, o abraco em si e’ tao rapido, por causa do numero de pessoas nas filas, que eu nao consegui sentir nada. Ja virou praticamente uma “industria do abraco”, e eu me pergunto se isso faz algum sentido dessa forma... Nos dias mais movimentados, ela passa 11-12 horas dando abracos, sem parar nem para comer. Apesar disso, no primeiro dia, logo em seguida ao abraco, quando eu me sentei, senti uma sensacao bem forte, como uma explosao de energia na regiao do estomago e do plexo solar. Entao, saindo do mental e ficando so no campo das sensacoes, da energia que ela espalha, talvez tenha efeito sim.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />No segundo dia, o abraco foi mais longo e menos mecanico, o dia estava mais tranquilo, e minha sensacao foi na regiao do 3<sup>o</sup> olho. Essa vez foi bem mais forte, cheguei sem expectativas e me surpreendi!</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />Ao final da sessao, uma mulher de familia muito rica trouxe inumeros presentes para a Amma. Ela comecou lavando os pes da Amma, com iogurte, depois agua de rosas, com petalas e tudo mais. Depois, presentou-a com um sari muito fino e adornou-a com brincos, pulseiras, tornozeleiras, colares, todos enormes e de ouro, alem de ter levado muita comida. Impressionante! Muito ego de ambas as partes, para o meu gosto… Mas, pelo menos os presentes que ela ganha sao todos (supostamente) convertidos em dinheiro e destinados aos inumeros projetos de caridade que ela toca. Ha uma certa controversia quanto a isso mas, ainda assim, seja tudo convertido ou nao, ela tem feito muita coisa importante entao, esta valendo!</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><o:p> </o:p><br />La conheci duas pessoas incriveis, a Luci (franco-colombiana, que mora nos EUA) e a Regina (holandesa). Desde que nos conhecemos nao nos desgrudamos umas das outras, e Luci seguiu viagem comigo, para Alleppey, ainda em Kerala. </span></p>Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-6808931806731526592008-07-06T15:12:00.003-03:002008-07-06T15:40:40.712-03:00Goa (India) - abr/08<p>Aqui estou eu de volta! Estou na China ha exatamente 1 mes e, finalmente, o acesso aos sites de blogs, que era censurado aqui, foi liberado! Viva as Olimpiadas!!! Com a sua proximidade, varios sites que antes tinham acesso negado estao sendo liberados. Espero que essa mudanca venha para ficar e nao seja apenas maquiagem que, tao logo a festa acabe, e' retirada. O tempo dira...</p><p>Mas com isso, estou, mais uma vez, atrasadissima aqui no blog. Entao, vou postar com a maior frequencia possivel, em uma nova forca-tarefa. Acessem com frequencia! Vou recomecar pela India, na minha visita a Goa.</p><p>Fui para Goa de onibus, direto de Aurangabad. Foram umas 16 horas de tortura, freiadas bruscas e muita buzina. Viajar de onibus na India e' completamente estressante. Dormir e' praticamente impossivel. A regra aqui e' nao parar mas, simplesmente, buzinar e seguir a diante, mesmo se estiver seguindo pela contra-mao. O veiculo, seja ela um mero carro ou um respeitavel caminhao, que vem na mao certa, que encoste. Bom, mas eles se entendem... E nos meditamos, fingimos para nos mesmos que esta tudo certo, que vamos conseguir dormir, ate, finalmente, chegarmos, por incrivel que pareca, saos e salvos ao nosso destino.<br /><br />Minha primeira parada em Goa, um estreito estado localizado na costa oeste da India, foi em Anjuna, praia que tinha sido muito bem recomendada mas, que eu confesso que nao gostei. Estava totalmente fora de epoca entao estava bem vazia, mas o que eu nao gostei mesmo foi do clima, da energia das pessoas de la. Mas, conheci uma familia hippie espanhola, que deu um toque especial para a minha estada por la.<br /><br />Apesar de ser famosa pelas suas inumeras festas eletronicas, Anjuna estava parada, por causa de um assassinato de uma inglesa, que aconteceu 2 meses antes da minha chegada. Talvez por isso o clima nao estava bom.<br /><br />A grande atracao de la foi o Mercado das pulgas, que e' enorme e famoso em toda a India. Apesar dos precos iniciais serem totalmente abusivos, como era o final da estacao e um dos ultimos mercados do ano, com muita pechincha os precos caiam absurdamente. Tinha de tudo, muita coisa bacana.<br /><br />Fiz uma trilha linda para Baga, uma outra praia la perto (que so vale a pena mesmo ver de cima), para me consultar com um curandeiro, que faz um trabalho energetico incrivel e atende por doacao!!! A fila e' enorme, de indianos e estrangeiros, e e' preciso chegar cedo para pegar a senha. Meu atendimento foi otimo, sai de la quase flutuando!!! Alias, antes mesmo de entrar na sala, eu ja estava me conectando com ele (a cura energetica comeca muito antes da sessao iniciar) e ja senti que o trabalho seria forte. Sem contar que ele transmite uma paz inigualavel, so de olhar para ele. Se em Goa tivesse acontecido so isso, ja teria valido a pena!!!<br /><br />Enquanto eu esperava minha vez, encontrei, por coincidencia, a Sahar, uma amiga da galera de Alto Paraiso, que tambem estava na fila, e o Goresh, amigo dela muito gente boa, que me levou pra cima e pra baixo em todo o meu tempo em Goa. <br /><br />Depois de uns dias, eu segui para Arambol, praia que eu amei, onde tinha uma galera bem mais bacana e estava mais movimentada (na medida certa). Fiquei hospedada numa cabana exatamente em frente `a praia, com uma vista maravilhosa da minha varanda. Na verdade, ficamos eu e um rato amigo, que me fazia companhia `a noite. Rsss... No teto da cabana tinha um pano esticado, pra proteger, ja que ela era de palha, e ali o rato morava. Tirando o susto da primeira noite, quando ele comecou a se movimentar por la, foi tranquilo. Como ele nunca saiu la de cima, se aventurando pelo quarto, nao teve problema. Coisas da India...</p><p>Em Arambol, eu encontrei o Julinho, totalmente por coincidencia ou sincronicidade. Foi otimo! Nao tinhamos combinado nada, ja que estava cada um seguindo sua viagem solo por um tempo, e foi muito gostoso.<br /><br />La, eu tive a chance de fazer 3 atendimentos de Cinesiologia!!! O primeiro, num amigo Bollywoodiano e os outros dois em pessoas que conheci la, uma espanhola que esta passando por uma fase e seguindo um caminho muito parecido com o meu, o que nos rendeu horas e horas de conversas, e um musico holandes. Foi super gratificante, tanto por poder praticar, quanto por ver os resultados imediatos.<br /><br />Os dias foram de tranquilidade total, com muitas caminhadas, praia, lagoa, entardeceres maravilhosos, banho de lama medicinal. Quer mais o que, ne?<br /><br />Eu fui a uma festa eletronica com a Sahar e os amigos dela. Como estava na baixissima estacao, o DJ era muito ruim e o clima estava pesadissimo. Mas, o que me impressionou foi que as festas em Goa sao todas de graca e os DJs nao recebem cache. Mesmo assim, na alta estacao, varios top DJs disputam pra tocar la!<br /><br />Em Goa e' muito engracado, porque volta e meia vemos uma placa do tipo "Restaurante da Fatima" ou "Vila Sao Jose", etc. Goa foi colonizada pelos portugueses, que estiveram uns 400 anos ali e deixaram sua marca. Vemos varias igrejas catolicas, o que para mim foi totalmente inesperado de ver na India, e as pessoas mais velhas ainda falam um pouco de portugues.</p><p>Adorei Arambol. A praia e' realmente gostosa mas nao me senti muito na India, a nao ser pela culinaria, que eu amo! O lugar e' pequeno e tem gringo demais. Mas e' super relax e nao da vontade de ir embora.<br /><br />De la, segui para Kerala, o Estado da Ayurveda, das backwaters, do Kathakali (teatro tipico) e de uma culinaria divinamente deliciosa!</p>Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-10943156226957070352008-06-12T14:43:00.002-03:002008-06-12T15:09:34.717-03:00Mudanca de planosComo a regra de uma grande viagem tem que ser a flexibilidade e a abertura para o novo, depois de varios eventos acontecidos na India, que serao assunto de um post futuro, resolvi mudar totalmente meus planos e antecipei a minha saida de la (pelo menos por enquanto). Estamos em Hong Kong e amanha partimos para a China.<br /><br />Na democratica China, porem, parece que os blogs sao (ou estao) vetados. Entao, se eu sumir por um tempo, essa e' a razao. Mas se isso realmente acontecer, assim que eu sair de la, vou fazer um super esforco para aproximar o blog do presente o mais rapido possivel. Sentiram que fui bem realista, ne, eu disse aproximar..., estou perdendo as esperancas de conseguir ficar totalmente em dia com ele. Mas, tudo bem, a regra e' a flexibilidade, nao e' mesmo? =)Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-47682561816932632602008-06-07T10:15:00.001-03:002008-06-07T10:18:24.655-03:00As Cavernas de ElloraEu estava em Mumbai, caminhando para a estacao de trem, para comprar minha passagem para o trem noturno para Goa, quando tive um encontro sincronico com um amigo Bollywoodiano, que estava voltando da estacao e tinha acabado de encontrar vaga no trem para Aurangabad para dai algumas horas. Naquele mesmo instante, eu tive certeza absoluta de que eu nao encontraria vaga no trem para Goa. Dito e feito, entao, sem hesitar, mudei meus planos e fomos juntos para Aurangabad.<br /><br />Me organizei de forma a chegar com meia hora de antecedencia na estacao e qual nao foi minha surpresa quando, chegando `a plataforma, tive tempo apenas de checar se o trem era mesmo o meu e subir correndo, porque ele ja estava partindo… Nao entendi nada, um trem saindo com meia hora de antecedencia??? Acabei descobrindo que meu relogio estava atrasado (e so entao entendi os cabelos em pe do gerente do hotel com o meu atraso no check out…) Continuei sem entender nada por varios dias, porque meu relogio nao atrasa… Enfim, depois de muito tempo, me dei conta de que a diferenca de fuso horario na India nao e’ de 8h em relacao ao Brasil, e sim, de 8h e meia! Eu nunca tinha ouvido falar em fuso horario partido… Coisas da India!<br /><br />Bom, essa foi minha primeira viagem de trem na India. Eram so 6h de viagem e meu bilhete era para um vagao normal, sem ar condicionado (mas com ventiladores), ou seja, o vagao da grande massa. Eu era a unica estrangeira do vagao e meu lugar era ao lado de uma indiana com um filho de uns 10 anos de idade. Ela falando em hindi (ou qualquer outra das centenas de linguas locais indianas…) e eu em ingles, conseguimos descobrir que estavamos indo para a mesma cidade.<br /><br />Passado um certo tempo, eles comecaram a me oferecer comida e quando as pessoas ao redor perceberam que eles estavam finalmente interagindo comigo, virou uma festa. Eles queriam saber meu nome, me ofereciam cha, comida, compraram doce para mim. Na verdade, me senti o proprio bichinho de zoologico, sendo observada e alimentada por um monte de gente. Comedia!<br /><br />Na manha seguinte, acordamos antes do sol raiar, para evitarmos as horas mais quentes do dia nas cavernas. No onibus, no caminho para Ellora, mais uma cena divertida, que depois se mostrou ser completamente normal na India. Entrou um grupo de adolescentes, todas mulheres, e se sentaram ao meu lado e atras de mim. A que estava atras, imediatamente me cutucou e perguntou de onde eu era, meu nome, minha idade, se eu era casada, minha profissao e se eu estava viajando com um grupo. Sao as perguntas basicas, que quase todos fazem. Muitas vezes, eles ainda querem saber a nossa religiao e qual e’ o nosso salario! Se perguntarmos isso para eles tambem, nao tem problema, eles respondem numa boa.<br /><br />Bom, falar que eu sou do Brasil, 99% das vezes provoca uma reacao de alegria e eles sempre elogiam o pais! E’ o sonho de muitos deles conhecer o Brasil. A minha idade os choca duplamente: 1o, porque quase ninguem acredita que eu nao tenha 24-25 anos! O bom e’ que eu vou fazendo anos e a crenca popular continua estagnada nos 24-25!!! Adoro isso! 2o, nao ser casada e ter filhos com uma idade dessa, e’ absolutamente inconcebivel… Mas e’ tanto, que agora ja mudei de tatica. Quando perguntam, falo que tenho 24 e tudo fica um pouco mais simples (mas nem tanto, porque com 24 eu ainda assim ja quase passei da hora de casar…)! Outra resposta que os choca e’ eu estar viajando sozinha. Com a total falta de independencia da mulher na India, eles nao conseguem entender isso mesmo.<br /><br />Bom, os monasterios, capelas e templos das cavernas de Ellora foram esculpidos nas rochas, ao longo de 5 seculos, por monges budistas, hindus e jainistas. Assim, existe um conjunto de cavernas para cada estilo. Sao todas lindas, mas as mais ricamente adornadas sao as hindus, destacando-se, disparado, o templo Kailasa, dedicado a Shiva. Foi uma das coisas mais impressionantes que eu ja vi. Ele e’ enorme e absolutamente trabalhado, uma coisa maravilhosa! Nao da vontade de ir embora…<br /><br />La, conheci o Vijay, um indiano muito sangue bom, puro coracao, que me mostrou umas outras cavernas menos visitadas, onde os locais vao pela manha meditar e praticar yoga, um lugar de muita paz. Que privilegio poder comecar o dia dessa forma!<br /><br />Chegando de volta a Aurangabad, embarquei imediatamente num onibus para Goa, iniciando minha primeira aventura nos onibus da India, mas isso e’ assunto para outro post…Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-22901986857572165832008-05-28T11:13:00.000-03:002008-05-28T11:17:12.841-03:00Atriz Bollywoodiana - abr/08Minha primeira parada na India foi em Mumbai. A cidade e’ grande, com cerca de 16 milhoes de habitantes. Mas, a achei surpreendentemente limpa e menos caotica do que eu imaginava. Claro que o transito e’ uma loucura, as buzinas nao param, mas isso acontece em praticamente qualquer lugar da India. E’ uma cidade mais cosmopolita, o povo tem a mente mais aberta e acho que foi o lugar ideal para chegar na India.<br /><br />Mumbai tem varios monumentos e predios antigos e muito bonitos. Fiz um pequeno tour por alguns deles e, quando eu ja estava para ir embora de la, andando por uma rua bem movimentada, fui convidada para participar como figurante de um filme de Bollywood! Seria um dia inteiro no set de filmagens, junto com varios outros gringos, e com direito a cache e tudo mais!!!! Chiquerrimo!<br /><br />Tive um receio inicial mas, acabei topando e foi muito divertido! No dia seguinte cedo, saimos para o set, num onibus cheio de gringos. Nao sei porque nos levaram tao cedo para la, porque passamos a manha inteira conversando nos camarins, e tomando chai! Foi otimo porque assim deu pra conhecer as pessoas antes das filmagens comecarem.<br /><br />As cenas das quais participamos aconteciam numa festa de gala, em algum pais da Africa, com a presenca de uma princesa indiana. Nos eramos os convidados e, estavamos todos vestidos com roupas de festa, smoking, vestidos e saltos altos, com uma pompa e circunstancia meio brega! E passamos a tarde inteira apenas conversando, dando gargalhadas, fingindo que estavamos nos divertindo na festa, segurando tacas de bebidas falsas nas maos, enfim, nada mal para um duro dia de trabalho!<br /><br />O filme, Karzzzz, tem previsao de ser lancado bem em breve e tem chances deu ainda estar na India quando ele sair nos cinemas. Pelo naipe do ator principal, acho que sera bem trash! Estou muito curiosa…<br /><br />Foi muito divertido, mas o melhor de tudo foram as pessoas que conheci la. A galera era muito gente boa, fiz otimas conexoes e acabei encontrando alguns amigos super stars em outros lugares da India. Muito bacana.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-28188285300634053712008-05-13T03:04:00.002-03:002017-01-14T03:04:25.423-02:00Ahhh, a India!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Mal posso acreditar que estou na India!!! Estou realizando um sonho, cultivado ha muitos anos! Na minha entrada no aviao, no voo de Bangkok para Mumbai, ja deu para sentir o que viria pela frente, varios olhares sedentos cravados em mim... Os indianos sao impossiveis e encaram e abordam as estrangeiras como nenhum outro povo o faz. E eu que pensei que estivesse indo pra India pra ficar mais zen, que engano... Conversando com uma pessoa em Bangkok, descobri que a mulherada fica e' mais forte, porque nao da pra ser fragil por aqui, principalmente as mulheres viajando sozinhas. Bom tambem!<br />
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A chegada em Mumbai foi forte, marcante. Eu estava incrivelmente calma e tranquila. A ansiedade, o medo e a inseguranca de chegar sozinha na India passaram completamente. O caminho para o hotel foi intenso. Nunca vi um transito igual a esse... E' transito sem lei... E a unica regra, que e' seguida `a risca, e' a da buzina! O motorista enfiava a mao na buzina e acelerava. Quem quizesse que saisse da frente! As faixas separando as pistas eram meramente decorativas. Eles encaixam quantos carros couberem na pista e vao recortando, abrindo seus caminhos, uma verdadeira loucura. Eu ia rindo, achando aquilo tudo muito engracado e simplesmente me sentindo radiante por estar na India! Ate que a realidade dura desse pais se descortinou sob os meus olhos e as buzinas, as quase batidas de carros e outros tantos quase atropelamentos foram me deixando exausta. Parece que a vida nao tem tanto valor aqui... Mumbai e' uma cidade de mais de 16 milhoes de habitantes, com 55% deles vivendo em favelas ou nas ruas... Aquele numero interminavel de pessoas dormindo nas ruas foi me fechando, esmagando o meu coracao e uma triteza profunda tomou conta de mim. E' uma licao de vida sem igual! E e' para isso que estou aqui, para me lapidar, crescer, amadurecer, me tornar uma pessoa melhor, mais humana, mais compassiva, mais amorosa. Estou pronta e aberta para todas as licoes que essa terra sagrada tem para me oferecer!</div>
Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-64962690496080274142008-05-11T08:16:00.002-03:002008-05-11T08:35:47.394-03:00Bangkok - Tailandia - abr/08Bangkok e' uma mega metropole, com cerca de 16 milhoes de habitantes. Eu so reservei 2 dias e meio pra conhecer a cidade, entao, minha visita foi meio superficial.<br /><br />Como qualquer outra cidade da Tailandia, ela e' completamente dominada pelos turistas. A famosa Khao San Road, onde a maioria dos mochileiros se hospeda, e' um verdadeiro circo, uma loucura. Eu dei a sorte de encontrar um lugarzinho tranquilo, ao lado de um parque e quase de frente para o rio, mas ainda perto da Khao San Road (que e' uma mao na roda para os turistas). Era um oasis no meio do caos!<br /><br />Visitei 2 templos maravilhosos, Wat Pho e Wat Arun. O primeiro e' enorme, abriga uma colecao imensa de Budas, inclusive o maior Buda reclinado da Tailandia. Ele e' muito grande, lindo, e possui os 108 principais ensinamentos do budismo cravados em madreperola na sola dos pes.<br /><br />Cruzando o rio, esta o Wat Arun, que e' muito diferente dos templos tailandeses, com influencia do Camboja talvez. Suas paredes externas sao completamente trabalhadas e suas cores muito realcadas ao por do sol. A vista que se tem de Bangkok de la e' maravilhosa. Mesmo depois de ja ter entrado em tantos templos, esses ainda me impressionaram!<br /><br />A cidade e' um desses paraisos do consumo e eu precisei de muito auto controle pra nao ser incoerente com as minhas ideias...<br /><br />Foram dias de encontros e reencontros interessantes e inspiradores, com muitas mensagens e sinais enviados por Pachamama. Ainda bem que eu estava aberta para capta-los e entende-los! Na Asia e' assim, basta nos abrirmos que as mensagens chegam continuamente...Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-22879982395961404962008-05-10T01:22:00.003-03:002008-05-10T03:39:11.044-03:00Laos - mar-abr/08<p>Saindo da Tailandia, cruzamos a tranquila fronteira da Indochina e entramos no Laos! E' um pais que sempre me pareceu ser muito exotico e eu estava muito feliz de estar ali. No final das contas, nao o achei tao exotico assim, ja esta lotado de turistas tambem, com alguns locais muito ocidentalizados, seja pela colonizacao francesa, seja pelo impacto do turismo na regiao, mas eu gostei.</p><p>Na fronteira, nos iniciamos uma viagem de 2 dias de barco pelo rio Mekong, ate Luang Prabang. A viagem e' muito tranquila, com lindas paisagens, grandes formacoes rochosas, varios vilarejos. E' uma otima forma de entrar no Laos. Os barcos descem lotados. No primeiro dia, demos sorte e pegamos um barco menos cheio e pudemos esticar nossos colchoes de ar no chao. Ja no segundo dia, fizemos uma viagem de 7-8 horas num banquinho de madeira, onde mal tinhamos espaco para nossas pernas. Mas, a paisagem continuava linda e a viagem tranquila, a falta de espaco nao foi problema!</p><p>Luang Prabang e' uma cidade tombada pela Unesco como patrimonio historico. E' encantadora, cheia de casaroes, templos, monges, e turistas! Tem um artesanato local famoso, com coisas muito bonitas e baratas. Mas, o ponto alto de la foi a Tat Kuang Si, uma das cachoeiras mais lindas que eu ja vi. Ela entrou para a minha "top 5 list"! E' surreal, parece uma pintura. Sao varios niveis de cachoeiras, alguns pocos, aguas verdes cristalinas, perfeita! Fomos la 2 dias seguidos. No primeiro dia, ao chegarmos no ultimo poco, o mais alto e mais bonito, tinham varios monges novicos se divertindo, brincando na agua, fumando cigarro, como qualquer adolescente. Eles se banham com as suas tunicas. E eu, enrolada na canga, nada de biquini por la!</p><p>No budismo, existe o costume dos monges serem alimentados pelo povo e, em Luang Prabang, essa tradicao e' seguida. Eles chegam em fila, bem cedo, por volta das 6:30h, com suas vasilhas, que as pessoas vao enchendo com arroz. Claro que isso e' uma das grandes atracoes turisticas do local e se ve de tudo, ate chocolate tinha turista colocando nas vasilhas! O povo e' muito sem nocao..., mas os monges devem ter adorado!</p><p>Depois, fomos para Vang Vieng, nos voluntariar numa fazenda de organicos. Trabalhamos um dia nos retoques finais de uma casa de adobe, que tinha acabado de ser construida, tiramos leite de cabra, alimentamos as baby cabras com mamadeiras (nao sei porque eles estao fazendo assim... a comunicacao em ingles era bem limitada). No mais, nao tinham muito o que fazer, estava meio sem trabalho por la, entao seguimos mais cedo para Vientiane, a capital do Laos. Fiquei impressionada, e' mais desenvolvida e urbana do que eu imaginava. Tem ate uma versao do Arco do Triunfo! La, fomos a um parque bem interessante, o Budha Park, com estatuas imensas de varias deidades, bem diferente.</p><p>Em Vientiane, vi o por do sol mais louco da minha vida. Pareciam manchas de oleo furtacor no ceu, com varias manchas verdes!!! Ficamos pasmos, sem acreditar no que viamos, olhando aquela cena ate escurecer. Como pode isso? Um por do sol verde?! Seria o efeito de algum gas? Ou um portal se abrindo? Nao sei... O estranho e' que os locais nem se abalaram com o fato, enquanto nos e mais um casal de estrangeiros nao acreditavamos no que viamos. Muito louco.</p><p>De la, segui sozinha para Bangkok. O Julinho resolveu ficar para conhecer o sul do Laos. Eu segui em frente, ouvindo o forte chamado da India..., meu proximo destino depois de Bangkok!!!</p>Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-11944147940781797442008-05-07T09:26:00.003-03:002008-05-07T10:15:03.834-03:00Uma Critica Budista - mar/08Saindo de Chiang Mai, passamos por Chiang Rai, uma cidade mais ao norte da Tailandia, para conhecermos o templo mais inusitado e interessante que eu ja vi. E' o Wat Rong Khuan, idealizado e construido por um famoso artista tailandes, Chalermchai Kositpipat.<br /><br />Por fora, ele e' todo branco, rodeado por agua, que causa um reflexo maravilhoso, e' ricamente trabalhado e lotado de simbolos. Teria sido otimo ler um pouco sobre essa simbologia antes de visita-lo. Por dentro, suas paredes traseiras sao pintadas em uma critica ferrenha ao estilo de vida moderno, o consumismo, capitalismo, producao de lixo, superficialidades, falta de valores, guerras, terrorismo. Tudo isso e' feito de forma muito direta, com imagens de Nova York, Pepsi Cola (la', a Pepsi e' maior do que a Coca), telefones celulares, prostitutas, armas, ate' George Bush e Bin Laden, coisas inimaginaveis de se ver dentro de um templo. Contrastando com essas figuras, serenas e pacificas imagens budistas foram pintadas na parte dianteira do templo, mostrando que existem saidas para as loucuras do mundo moderno.<br /><br />Quero deixar aqui os meus parabens aos monges responsaveis por essa obra, por sua coragem, inovacao e atitude, e ao artista, pela criatividade, beleza e autenticidade do trabalho.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-50056015929099487012008-05-04T13:40:00.002-03:002008-05-04T13:56:18.094-03:00Trekking em Chiang Mai - mar/08Chiang Mai e' uma cidade famosa por tantas razoes e trekking e' uma delas. Eu sai para um trekking de dois dias e uma noite ao sul de Chiang Mai. O grupo de 11 pessoas era bem bacana e o guia uma piada.<br /><br />Primeiro paramos num mercado local, para o guia comprar nossa comida. Mercados sao experiencias unicas! De la, fomos fazer um passeio de elefantes. Essa parte foi bem ruim, nao gostei nenhum pouco. Os elefantes pareciam todos tristes e mal tratados. Tambem nao gostei da energia dos guias dos elefantes. Esses animais levam uma vida miseravel e entediante para que os turistas possam se divertir... (se e' que aquilo possa ser chamado de diversao). Sai de la com uma sensacao ruim e pesada, como se tivesse absorvido um pouco da tristeza daqueles elefantes.<br /><br />Mas, nada como uma trilha para dissipar qualquer energia pesada. Fizemos 2hs. de trilha, com uma parada numa cachoeira. O lugar era bem bonito. No inicio, a vegetacao me lembrou muito o Cerrado, so que mais retinho. Depois, ela ficou bem diferente, com muito bambu, super linda tambem! A trilha foi quase todo o tempo morro acima. Ufff...<br /><br />Nosso acampamento era numa area da comunidade Karen, uma das Hill Tribe Villages, as comunidades tradicionais da Tailandia. Antes de vir, eu tinha ouvido de uma pessoa que essa nao era a forma que ela queria conhecer essas comunidades, ou seja, de forma turistica. Fiquei com isso na cabeca, mas decidi vir ainda assim, pois era minha unica chance de conhece-los. E foi maravilhoso! A experiencia e o momento somos nos que fazemos! Estavamos no acampamento e chegou um pequeno grupo para vender seus produtos. Ninguem estava a fim de compras e nao deram muita bola. Entao, uma mulher estava indo embora e eu me aproximei para conversar. Ela estava com a filhinha, linda, e, pouco tempo depois, ja estavamos numa pequena roda conversando, eles nos ensinando a tocar uma flauta deles, uma japonesa brincando com a menininha e foram momentos magicos!<br /><br />A noite foi gostosa e divertida, de jogos e conversas em volta da fogueira. Dormimos em cabanas bem rusticas mas super bem cuidadas, eles eram muito caprichosos. E, ahhh, que delicia que e' amanhecer no mato, ouvindo so os passaros, as galinhas, os porcos...! Eu estava com saudades disso.<br /><br />De manha, fomos a uma cachoeira linda, que deixou todo mundo com a expressao leve e um sorriso no rosto! E continuamos nossa caminhada, bem mais suave e tranquila, pelos bambuzais, ate a vila de uma outra comunidade, onde almocamos e fizemos um "bambu rafting". Foi divertido e completamente refrescante. Saimos todos encharcados.<br /><br />`A noite, sai para jantar com uns franceses e canadenses que conheci no passeio e de la, fomos ao Night Bazar, uma mega feira que acontece la todas as noites, onde encontramos um pouco de artesanato local e muito produto falsificado, de roupas e bolsas a relogios e DVD's, etc. E' a "Feira do Paraguai" tailandesa. Mas aqui, os precos sao inacreditavelmente baixos. Nao resisti e comprei o produto mais tradicionais de Chiang Mai para o Joao Pedro - tradicional pelo seu barulho - Tati e Gustavo, preparem-se! ahahahaha...Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-81222555998429177432008-05-02T11:00:00.002-03:002008-05-02T11:10:49.621-03:00Meu Amigo Monge - mar/08No dia que eu voltei do meu retiro de meditacao, eu estava caminhando por Chiang Mai e fui atraida por uma placa que indicava um templo budista. Chiang Mai e' lotada de templos mas senti um chamado para seguir essa placa, o que me levou a um encontro muito especial. Por fora, o templo era lindo, mas encontrei-o fechado. Apos uma decepcao inicial, eu estava tirando fotos, quando um monge veio conversar comigo. Ele falou que estava sem a chave, senao teria aberto o templo para conhecer. Conversa vai, conversa vem, ele perguntou se eu estava com tempo livre e se queria me sentar para conversarmos mais, assim ele poderia praticar o ingles. No final das contas, ficamos umas 2 horas conversando.<br /><br />Ele e' do Laos, tem 19 anos e e' um monge novico desde os 11 anos. Tem uma cabeca muito bacana, uma forma de encarar o budismo, sem radicalismo, que eu gostei muito.<br /><br />Foi muito interessante tirar o mito sobre os monges. Principalmente porque existe todo um codigo de conduta no budismo (pelo menos naquele praticado na Tailandia), no que toca `as mulheres, o que acaba criando um certo tabu. As ideias dele sobre esse aspecto tambem sao muito interessantes, para quem o problema esta apenas na intencao de cada um.<br /><br />Tanto na Tailandia quanto no Laos, muitos deles se ordenam como monges muito jovens mas, sao adolescentes como outros quaisquer. Muitos apenas completam os estudos como monges e depois largam, ja que as familias nao teriam como prover uma boa educacao de outra forma. Mas varios realmente se encontram no budismo e decidem seguir a vida monastica.<br /><br />Essas 2 horas passaram rapido. O papo foi interessantissimo e abrangente. Conversamos sobre tudo! Foi muito engracado, nunca imaginei bater um papo tao aberto com um monge. Mas, eles tambem morrem de curiosidade sobre a vida mundana, claro!<br /><br />Foi um encontro realmente especial e no fim, ate trocamos e-mail, e agora estamos nos escrevendo com frequencia! Comedia...Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-66044692319296109092008-04-30T06:24:00.002-03:002008-04-30T06:46:39.093-03:00Retiro de Meditacao Budista - mar/08Alguns templos de Chiang Mai tem um programa bacana chamado "Monk Chat", um bate papo com monges do templo. Foi muito interessante , 2h de conversa personalisada com um ou mais monges.<br /><br />No dia seguinte, fui para um retiro de meditacao de 2 dias, no mesmo templo. Muitas coisas interessantes foram ditas e praticamos varias tecnicas (sentados, caminhando, deitados, etc.), para que cada um pudesse se identificar com pelo menos uma. Vou fazer um resumo do que eu mais gostei das falas dos monges. Nao e' nada diferente do que ja sabemo. Mas acho que e' exatamente vivendo e praticando a simplicidade que alcancamos a paz.<br /><br />- A nossa experiencia deve ser nossa guia, nossa mestra, e ela e' formada em 3 passos: aprendizado, compreensao e pratica.<br />- Para vivermos em paz, devemos: 1) nos perdoar por todos os nossos erros e, logo em seguida, esquece-los. 2) perdoar os outros. Nao podemos mudar o passado, entao nao adianta nos apegarmos a ele. Mas, podemos mudar o presente, Hoje, Agora! Nos atermos ao futuro tambem e' fonte de sofrimento, de frustacoes, se as coisas nao saem exatamente como planejamos. Entao, devemos nos manter no presente!<br />- Meditacao e' focar a mente em apenas uma coisa, seja qual for. Uma tecnica simples que eles usam e' contar, com toda a atencao no ato de contar, em cada numero, as contas de um colar, mais ou menos parecido com o terco catolico. E' simples e da pra fazer em qualquer lugar, a qualquer momento.<br /><br />Trazendo essa atencao no agora para nossa vida diaria, o objetivo e' prestar atencao em TODOS os nossos atos, todo o tempo. Nao devemos fazer nada automaticamente, desde o levantar, lavar o rosto, tomar nosso banho sentindo a agua, o perfume do sabonete, com a atencao 100% presente em cada ato, ate comer, trabalhar e tudo mais. Se conseguirmos manter nosso foco ali, eliminamos o nosso falatorio mental, que e' fonte de infelicidade e suga nossa energia, sem que nos demos conta disso. Sobre isso fala um livro que estou lendo: O Poder do Agora. Mal comecei a ler mas ja deu para sentir o livro e ja posso recomenda-lo a todos. O autor e' Eckhart Tolle. E' um best-seller que ja mudou a vida de muita gente.<br /><br />Outra coisa fundamental, claro, e' a pratica da meditacao diaria. Se comecarmos com 5 min. pela e 5 min. `a noite ja e' suficiente. Com o tempo, sentiremos vontade de alargar esse tempo.<br /><br />E, por ultimo, eles sugeriram que todas as manhas, ao acordarmos, programemos nosso dia com uma frase, por exemplo, "hoje eu serei calmo e paciente". Antes de dormirmos, fazer uma revisao do dia para vermos se conseguimos manter nossa programacao. Com o tempo e a pratica, nos lembraremos da programacao ANTES de descumpri-la, quando passamos a ter controle dos nossos atos.<br /><br />Entao, vamos `a pratica!Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-6972204041650726402008-04-28T06:41:00.002-03:002008-04-28T06:59:14.498-03:00Chiang Mai - Tailandia - mar/08Chiang Mai e' uma cidade grande com cara de pequena. Eu nunca imaginei que fosse gostar tanto de passar 2 semanas numa cidade com 1 milhao de habitantes. Mas a sensacao que da' e' dela ser realmente muito menor e a quantidade de coisas para fazer e' tao grande que eu acabei nao fazendo tudo que planejei...<br /><br />La, eu e Julinho nos demos merecidas ferias, depois de 6 meses grudados, e, apesar de estarmos na mesma cidade, ficou cada um por si.<br /><br />Passei dias deliciosos por la' e outros nem tanto assim... Mas, como nao podemos mudar o passado, o melhor a fazer e' concentrar no agora, a unica coisa que existe, e que esta' muito bom!<br /><br />A prostituicao e o turismos sexual na Tailandia sao problemas serissimos. A quantidade de estrangeiros andando pelas ruas com prostitutas e' assustador, ambos de todas as idades. Existem, ate' mesmo, sessoes inteiras nas livrarias dedicadas ao assunto, desde romances ate' serias pesquisas sociologicas.<br /><br />Imagino que Chiang Mai tenha uma das maiores concentracoes de templos budistas por metro quadrado da Tailandia, senao a maior. Eles sao lindos e a paz que sentimos la dentro e' enorme, principalmente durante os "chanting" dos monges, quando eles se reunem para cantar mantras.<br /><br />A cidade e' muito famosa pelo artesanato local e os mercados e feiras atraem gente de todo canto, principalmente a de domingo. Eu nunca vi uma feira tao grande. Acho que deixa a de BH ebm pra tras... O mais bizarro dessa feira foram, sem duvida, os insetos fritos! E' cada um mais nojento que o outro mas... eu nao podia ir embora sem passar por essa experiencia! Entao, la' fomos, eu e mais duas amigas, todas bem corajosas, provar nosso primeiro inseto frito! Escolhemos o menos pior, um louva-Deus, e... sabe que nao e' ruim?!!! Tinha gosto de fritura, de molho de soja... =)<br /><br />Chiang Mai tambem oferece varios cursos de massagem tailandesa e eu acabei fazendo dois. Um mais concentrado na cabeca e rosto mas, por ser um sistema holistico, tambem inclui ombros, bracos e costas (alem de um tratamento facial; um luxo!) e o outro curso foi de massagem com compressa quente de ervas, deliciosa! Adorei! Minha primeira cobaia, uma italiana que eu conheci la, ficou feliz da vida!<br /><br />Tambem fiz um curso de culinaria tailandesa!!! Hmmm... Maravilhoso! Foi numa fazenda de organicos, com produtos super saudaveis, sem glutamato monossodico, o que e' meio dificil por aqui. Cada prato que fizemos era mais gostoso que o outro e eu queria ter conseguido comer pelo menos metade do que cozinhamos...<br /><br />Eu tambem fiz um trekking de 2 dias e um retiro de meditacao budista, mas isso eu vou descrever em posts independentes.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-62774510965330621882008-04-09T01:45:00.002-03:002008-04-09T02:07:03.571-03:00Sul da TailandiaDe Kuala Lumpur, pegamos um onibus para a Tailandia. Essa regiao e' absolutamente privilegiada, com suas praias paradisiacas. A areia e' branca e a agua, de uma transparencia absurda! As paisagens sao cinematograficas. Mas, o problema e que o mundo inteiro sabe disso... E dificil (ou talvez impossivel) encontrar uma praia que ainda nao tenha sido tomada pelos turistas... Entao, existe muito pouco de cultura local nesses lugares. Alem disso, as montanhas de lixo e a quantidade de plastico descartado doem no fundo do coracao...<br /><br />Primeiro, fomos a Koh Lipe. Essa ilha faz parte do Parque Nacional Marinho Koh Tarutao, que e formado por 51 ilhas, mas apenas 5 sao abertas a visitacao. A ilha e maravilhosa! Ficamos hospedados em Sunset Beach, o lado mais barato e mais vazio da ilha, privilegiado pelo maravilhoso por do sol!!! Foram dias de relax total, praia, livro, rede... Bom demais!<br /><br />De la, fomos para Railay Beach, perto de Krabi, o paraiso dos escaladores. Esse lugar e absurdamente lindo!!! E lotado de totens no meio do mar, umas formacoes rochosas gigantes, compridas, muito loucas.<br /><br />Alugamos um kaiak por 1 dia e esse foi o dia mais gostoso que passamos ali. Tambem fizemos um dia de snorkelling e descobri que nao basta estarmos na Tailandia para que o mergulho seja fantastico. Quisemos evitar o local mais famoso, por estar totalmente invadido pelo turismo predatorio, e acabamos mergulhando num local bem mais ou menos. Aqui, bem diferente da Australia, os barcos chegam e jogam suas ancoras em qualquer lugar e, com isso, vi inumeros pedacos de corais quebrados, uma tristeza. E, no final das contas, acabamos fazendo parte do mesmo turismo predatorio que tentamos evitar... Uma viagem longa como essa, nos faz pensar muito sobre o nosso papel como turistas e acho que todo mundo deveria refletir sobre isso antes de visitar qualquer lugar, para encontrar formas de minimizar o seu impacto, seja ambiental, seja social.<br /><br />De la, seguimos para Chiang Mai, no norte da Tailandia.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-81741472731233487202008-04-08T08:13:00.004-03:002008-04-08T08:38:00.197-03:00Kuala Lumpur - Malásia - fev/08Fizemos uma passagem relâmpago por Kuala Lumpur, apenas como portao de entrada da Indonésia para a Tailândia. À primeira vista, a cidade parece uma metrópole americana. É super moderna, cheia de arranha-céus, cores e luzes. Mas, quando andamos pelas suas ruas menos comerciais, passamos pelos fundos dos restaurantes e das casas, nos lembramos imediatamente que estamos na Ásia, e nao é difícil cruzarmos com um ratinho nesses locais!<br /><br />O islamismo praticado aqui é bem mais rígido do que na Indonésia. As mulheres têm que cobrir braços e pernas inteiras, e nao somente ombros e joelhos, e o véu deixa só o rosto de fora, cobrindo toda a cabeça e pescoço. A maioria das turistas estrangeiras que vemos andando pelas ruas nao se importam com isso e se vestem como se estivessem em casa. Eu, na tentativa de respeitar a cultura local, quase desintegrei e derreti de tanto calor, por mais finas que fossem a calça e a manga comprida (nao, ainda nao adotei a cultura do véu...) Prá uma pessoa calorenta como eu, essa tem sido uma questao complicada aqui na Ásia. Mas, o jeito é me adaptar...<br /><br />A imagem ao vivo de mulheres usando burca é absolutamente chocante e triste. Vi algumas nas ruas.<br /><br />Tentamos subir nas Petronas Towers, uma das torres mais altas do mundo, mas, os ingressos já estavam esgotados. Entao, acabamos subindo na torre de telecomunicaçoes, a torre Menara, que tem uma vista linda da cidade, inclusive das próprias Petronas. A troca acabou sendo ótima!<br /><br />Kuala Lumpur é um paraíso dos eletrônicos. Encontra-se de tudo, por preços muito mais baixos do que em outros lugares. Fomos a um shopping, com vários andares, só com eletrônicos. Impressionante.<br /><br />De lá, pegamos o ônibus rumo ao sul da Tailândia.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-29325633556186084922008-04-05T11:41:00.002-03:002008-04-05T12:09:32.364-03:00Indonesia - fev/08Depois de uma rapida passagem por Perth, na Australia, onde fomos visitar o primo do Julinho, embarcamos para a Indonesia.<br /><br />A chegada na Asia, depois de 5 meses no "primeiro mundo", nos trouxe de volta a uma realidade que tanto conhecemos, sujeira nas ruas, criancas pedintes, mas tambem, um calor mais humano. Os indonesios sao abertos, simpaticos, receptivos e adoram ver os gringos se arriscando na lingua local.<br /><br />O transito e' uma loucura. As ruas sao estreitas e totalmente tomadas por motocicletas, que aparecem na nossa frente vindas de todas as direcoes! Apesar disso, nao se ve acidentes de transito... E' impressionante. So os gringos, com arranhoes e machucados por toda parte..., inclusive nos! (nada serio...)<br /><br />Passamos uns dias na ilha de Bali e depois em Gili Air (post dos dias 9, 22 e 23/2).<br /><br />De la, fomos para Yogyakarta, na ilha de Java, onde visitamos os templos de Prambanam e Borobudur. Prambanam e' o maior complexo de templos hindus da ilha de Java, com seus principais templos dedicados a Shiva, Vishnu e Brahma. E' uma pena o enorme estrago causado ali por um terremoto recente e eles estao agora em processo de restauracao. Ja o templo de Borobudur (<a href="http://www.borobudurpark.com/">www.borobudurpark.com</a>), e' um templo budista, e um dos maiores monumentos do sudeste da Asia. Ele e' inteiramente trabalhado, possuindo cerca de 1500 paineis narrativos, ilustrando os ensinamentos budistas, cravados em pedra, na sua estrutura externa, e 432 imagens de Buda ao seu redor. E' maravilhoso!<br /><br />Yogyakarta possui um sultao! Entao, tambem fomos conhecer o seu palacio, que e', praticamente, uma cidade murada dentro da cidade. La dentro, facilmente nos esquecemos do caos, barulho e transito do lado de fora. E' bem interessante. Os trabalhadores moram la dentro e se vestem com roupas tradicionais.<br /><br />A cidade tambem e' famosa pelos seus batiks e nos assistimos e aprendemos um pouco sobre o seu processo de producao. E' bem trabalhoso e verdadeiramente artistico; lindissimo!Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-14774668601056324032008-04-03T07:33:00.002-03:002017-01-14T02:41:46.750-02:00Nossa Viagem ate a Grande Barreira de Corais - Australia - jan/08<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Terminado o curso em Melbourne, reencontrei o Julinho em Brisbanne e, depois de curtirmos um pouquinho essa cidade tao gostosa, iniciamos nossa jornada de 4 dias rumo ao norte.<br />
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Alugamos um carro num esquema de "relocation", ou seja, alguem alugou o carro em Cairns e o entregou em Brisbanne e nós tinhamos 4 dias para levar o carro de volta para Cairns (1.700 km), por apenas 10 dólares por dia!!! Era uma van adaptada, com colchao de casal atrás e uma mini cozinha. Essa foi, entao, nossa casa por 4 dias.<br />
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Nossa 1a noite foi um balde de água fria nas nossas cabecas. Partimos no final da tarde e, logo depois da saida da cidade, o carro pifou... Voltamos para Brisbanne guinchados e, na manha seguinte, depois de trocarmos de van, finalmente pegamos a estrada.<br />
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Viajar de carro é bom demais, principalmente quando temos tempo de ir parando e conhecendo os lugares como fizemos.<br />
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No caminho, passamos por algumas praias e cachoeiras lindíssimas, ficando o destaque para o Parque Nacional de Cape Hillsborough. Maravilhoso! Tambem vimos alguns bichos típicos daqui, como o wallaby, da familia do canguru, cockatoo e kookaburra. Todos lindos! Essa foi uma das melhores viagens de carro que ja fiz até hoje!<br />
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No caminho, encontramos uma praia paradisiaca, totalmente deserta, toda nossa!! Era quase inacreditavel. Fomos dar um mergulho e depois de um tempo na agua, o Julinho viu uma agua viva. Logo em seguida, eu vi outra e outra e outra. Foi quando percebemos que estavamos praticamente cercados por aguas vivas!!!!!!! Conseguimos sair da agua e, na frente do vestiario, encontrei um aviso que dizia: "Cuidado! Aguas vivas mortais!" Uau!!!!!!!!!!!!!!!! Nossos anjinhos tiveram trabalho dessa vez!!!!<br />
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No dia seguinte da nossa chegada em Cairns, embarcamos num veleiro, o "Vagabond", onde passamos 2 dias e 1 noite em plena Grande Barreira de Corais. O sol colaborou conosco e brilhou todo o tempo que estivemos lá, o que deixou a água absolutamente transparente e com uma visibilidade impressionante. Fiz 3 mergulhos com cilindro, um deles noturno! A adrenalina subiu às alturas! Adorei! O snorkeling ali também é de tirar o fôlego. Foi uma das coisas mais lindas que eu já vi na minha vida!!! Inúmeras espécies de peixes, de corais, moluscos, tudo mega colorido! É bonito demais! Vimos tubarao, tartaruga gigante e, claro, encontramos o Nemo!!!<br />
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Essa viagem toda foi, sem dúvida, um dos pontos altos dessa viagem.</div>
Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-20274452418509782432008-03-29T11:07:00.003-03:002008-04-05T12:12:27.434-03:00O Desabrochar da Borboleta - jan/08Depois de fazer muita pesquisa na internet, encontrei um curso de cinesiologia exatamente no periodo que coincidia com o curso de permacultura do Julinho. Apesar de nao saber nada sobre aquela tecnica especifica de cinesiologia, essa sincronicidade soou como um otimo sinal para mim. Fui para Melbourne sem saber o que eu ia encontrar, confiando apenas no chamado do meu coracao.<br /><br />Foram semanas intensas, com um dos cursos mais incriveis que eu ja fiz na minha vida!!! Me encontrei completamente!!! A emocao mal cabe dentro do meu coracao! A tecnica e' linda, super eficaz, rapida, usando a propria inteligencia corporal e a energia vital, que flui em tudo e todos, para curar ate doencas e dores cronicas. Estou feliz demais!<br /><br />Pra chegar ate' aqui, o caminho foi longo e dificil. A incerteza e a procura por algo que realmente preenchesse a minha alma me corroeram internamente por uns dez anos, nos quais, no entanto, eu fui, sem saber, me preparando para o que estou vivendo agora.<br /><br />Varios amigos me ajudaram muito nesse caminho. Alguns, ate' mesmo sem saber, foram essenciais para que eu chegasse aqui. Entao, agora, eu quero agradecer, do fundo do meu coracao, a cada uma dessas pessoas, na ordem cronologica dessa participacao. Esse post agora vai ficar parecendo esses discursos de posse, etc., mas, eu nao podia deixar de citar todas essas pessoas.<br /><br />Antes, porem, quero expressar minha gratidao `a Vida, `a Pachamama, por sempre guiar meus caminhos de forma tao sabia!!!<br /><br />Agradeco ao Yamar que, mesmo sem saber, mudou o rumo da minha vida, me apresentando a um vasto universo que eu desconhecia. `A Lu Esteves que, num momento em que eu realmente precisei, me pegou pelo braco e me apresentou ao Homero, seu primo acupunturista, pra que ele cuidasse de mim. Esse tratamento ampliou imensamente meus horizontes. Ao Homero, que despertou minha sede de aprender, com seu conhecimento tao profundo e holistico da saude e do ser humano. Ao Marcelo Sartorio, que agucou ainda mais essa sede, com sua imensa criatividade e competencia. `A Marjo, que reforcou meu interesse por uma alimentacao mais saudavel e pelo vegetarianismo e me apresentou o curso de Nutricao Complementar Integrada. `A Deise e Soraya, minhas professoras de nutricao, pela atencao e total disponibilidade e pelo curso tao fantastico e abrangente. Esse curso abriu muitas portas e me deu a certeza de que eu daria uma guinada profissional na minha vida. `A Silvania, minha psicologa querida, que com seu trabalho tao serio, profundo e holistico me deu suporte para tomar minha decisao. `A Maina, que com tanto entusiasmo me indicou os seminarios do S.H.Y. (Spiritual Human Yoga). Ao Mestre Dang, criador do S.H.Y. e toda a sua equipe. A pratica diaria dessa tecnica me fortaleceu e me deu finalmente a coragem de assumir para mim mesma e verbalizar a minha decisao final de largar o Direito.<br /><br />Aos meus pais maravilhosos, por sempre apoiarem, com tanto amor e confianca, as minhas decisoes. Por mais adultos e independentes que sejamos, nao ha' nada mais reconfortante que o apoio carinhoso dos pais!<br /><br />`A Arathi, que entrou na minha vida de forma tao rapida, intensa e profunda, e me levou ate a Mistica Andina. Ao Gerardo Bastos e todos os amigos da Mistica, pelo amor e carinho incondicionais. Ao Marcelo Sartorio, novamente, pela sugestao iluminada de que eu aprendesse cinesiologia! Obrigada por insistir, voce enxergou la na frente, mesmo com a minha relutancia!!!<br /><br />Ao Julinho, sem o qual essa viagem e esse curso nao teriam acontecido. Obrigada pela sua luz, seu brilho, amor, carinho e doacao!<br /><br />`A Grandma Linda, pelo amor instantaneo e pela forca dada num momento tao dificil. Ao Philip, meu mestre de cinesiologia. Obrigada pela abertura, carinho e abundacia! As licoes aprendidas nesses dias foram muito alem de uma tecnica terapeutica. Ao Peter, que tanto me inspirou com a sua forma leve de trabalhar e com seu conhecimento e forca de vontade. `A Tati, pela total confianca e permissao que eu trabalhasse no Joao Pedro `a distancia. Ao Joao Pedro, meu afilhado tao amado e meu primeiro paciente, obrigada por confiar, se abrir e se entregar a esse tratamento. O primeiro paciente a gente nunca esquece!!!<br /><br />E assim vai desabrochando essa borboleta, que saiu do Brasil como ex-advogada e retornara' como cinesiologa! Finalmente estou encontrando a tao buscada paz no meu coracao, seguindo o caminho que ele vinha ha' tempos pedindo que eu seguisse. Entao, pra' terminar, quero agradecer a mim mesma, pela coragem e forca de mudar o que nao estava me agradando na minha vida!Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-39972807913714538962008-03-20T02:17:00.003-03:002008-03-20T02:27:45.389-03:00Opera House de Sydney - Australia - jan/07A chegada em Sydney foi um choque para mim. Estavamos vindo da tranquilidade do Hawai e da Nova Zelandia e a agitacao de uma cidade grande e cosmopolita como Sydney me assustou um pouco.<br /><br />Mas a cidade e' bonita e definitivamente muito viva! Caminhamos bastante por la'. A vista da ponte (Harbour Bridge) e' maravilhosa, o Jardim Botanico, lindo, mas, cheio de morcegos! E' muito louco, em pleno centro de Sydney aquela quantidade toda de morcegos e, no fim da tarde, eles passam voando pela Opera House, pela ponte, os pontos mais turisticos da cidade!<br /><br />Tambem fomos a Manly beach, uma praia famosa proxima a Sydney. E' bonita, uma pouco mais tranquila que Sydney.<br /><br />Mas, de tudo que vi por la, o que mais gostei foi da Opera House. Ela e' imensa, imponente, com sua arquitetura tao particular. E, para aqueles que como eu tinham a impressao dela ter uma estrutura metalica, estao enganados, sao pastilhas, branco e gelo. Impressionante o "efeito especial" do sol batendo nelas!<br /><br />Os Cockatoos tambem me encantaram! Sao passaros brancos lindos, parecidos com o papagaio, que voam livremente pelo Jardim Botanico.<br /><br />Em Sydney, eu e Julinho nos separamos por uns dias. Ele foi fazer um curso de permacultura em Nimbim e eu, de cinesiologia em Melbourne.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-1202604260148046042008-03-17T13:39:00.002-03:002008-03-17T13:55:03.740-03:00Ano Novo na Nova ZelandiaA diversidade de paisagens e atividades na Nova Zelandia e' tao grande que sao necessarios, no minimo, uns 3-4 meses para conhece-la um pouquinho melhor. Nos tinhamos 10 dias, com o Reveillon no meio, ainda por cima. Entao, acabamos optando por conhecer ainda menos do que poderiamos, para passarmos o Ano Novo num festival de Musica, Arte, Saude e Bem-Estar, o Prana Festival, na Peninsula de Coromandel. Foram 5 dias totalmente zen, acampando numa praia linda e praticando meditacao, yoga, tai chi, oficina de malabares, de tambor, enfim, delicia! Tambem rolaram umas palestras bem interessantes. Em Brasilia, um festival que tem objetivos muito parecidos e' o Puro Ritmo (<a href="http://www.puroritmo.com.br/">www.puroritmo.com.br</a>) que vai acontecer em agosto esse ano. Quem estiver por ai, nao perca! O do ano passado foi maravilhoso!!!<br /><br />Na virada do ano, tocou uma banda de percussao, com um africano maravilhoso como convidado, a mesma galera que deu a oficina de tambores no dia seguinte. Haja coordenacao motora pra tocar tambor... Mas e' divertidissimo!!!<br /><br />Pra mim, foi muito especial comecar o ano, em pleno dia 1, `as 9 da manha, praticando yoga! Esse ano comecou muito saudavel! Adorei!<br /><br />Tambem passamos uns dias em Auckland. E' uma cidade bonita e, apesar de grande, nao tem uma energia pesada. Mas tambem estava muito tranquilo por causa do recesso de final de ano. Ficou faltando fazer um bungejump ou algo parecido por la, mas era muito caro e ficou para a proxima vez.<br /><br />Sai da Nova Zelandia com muita vontade de voltar com calma, pra poder aproveitar a abundancia de passeios e atividades na natureza que esse pais oferece.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715766111038891705.post-26612519054467382312008-03-13T08:19:00.002-03:002008-03-13T08:57:43.443-03:00Hawai'i - EUA - dez/07.O Hawai'i e' um arquipelago inteiramente formado por atividade vulcanica. Alguns vulcoes ja' estao inativos mas varios continuam em plena atividade. Inclusive, tem mais uma ilha sendo formada, que ja' tem ate nome (que eu nao me lembro agora...) Na Big Island, que foi a ilha que nos visitamos, esta' sendo esperada uma mega erupcao a qualquer momento.<br /><br />A historia deles, como acontece em qualquer caso de dominacao de um povo sobre o outro, e' triste. Em 1959, sem qualquer resistencia hawaiana, o Hawai'i passou a ser mais um Estado americano. Os hawaianos se subjugaram pacificamente e hoje trabalham (e dancam Hula-Hula) para os seus invasores... Claro que a relacao entre eles nao e' nada harmoniosa e os hawaianos (os trabalhadores, pelo menos) nao tem uma expressao feliz.<br /><br />Primeiro, nos fomos para Honolulu e ficamos no famoso bairro Waikiki, na casa de um amigo do Julinho. E' bonito, mas e' cidade grande... Visitamos o Diamond Head, um vulcao inativo, com uma vista linda da cidade.<br /><br />Tambem fomos a Waimea e Sunset Beach, umas das praias de surf mais famosas do mundo. Estava tendo um campeonato mundial de surf e nos assistimos a final! O Brasil nao levou o titulo por muito pouco. O carioca Leonarno Neves perdeu a lideranca nos ultimos 2 minutos da competicao. Uma pena. Mas, ganhamos o 2. lugar e deu pra' comemorar. O Hawai'i levou o trofeu.<br /><br />De la, fomos trabalhar numa fazenda de producao de sucos Noni, uma planta medicinal nativa (que parece ser mesmo muito boa para algumas coisas, mas nao essa panaceia propagada no Brasil). Fomos por um programa chamado WWOF (World Wide Opportunities on Organic Farms - <a href="http://www.wwoof.org/">www.wwoof.org</a>), pelo qual as pessoas trabalham como voluntarias nas fazendas de producao de organicos afiliadas, por volta de 2 a 5h/dia, dependendo da fazenda, e ganham o aprendizado, alem de hospedagem e alimentacao. E' super interessante. Nessa fazenda nos aprendemos praticamente todo o processo de producao do suco, desde a planta no pe' ate' o engarrafamento.<br /><br />A galera de la' fazia parte de uma forte comunidade Hare Krishna e nos fomos a alguns encontros deles. Eles se reunem varias vezes por semana, para cantar e assim louvar a Krishna, alem de estudar, debater, etc. E esses encontros sempre terminam com um super jantar vegetariano, fartissimo, delicioso! Muito reconfortante depois de 3hs de trabalho puxado. E' interessante tambem que faz parte do louvor deles oferecer esses jantares para a comunidade. Entao, 1 vez por semana, o encontro e' aberto ao publico em geral e, na alta estacao, eles chegam a alimentar 200-250 pessoas de graca. Incrivel!<br /><br />No final de semana, nos fomos surfar e eu me arrisquei numa prancha pela 1a vez. Que coisa mais dificil! Fiquei so' na tentativa mesmo... <br /><br />Mas, nao ficamos muito tempo nessa fazenda. Estava chovendo muito e nossa acomodacao (um onibus adaptado!) nao estava boa. Entrava muita agua e fazia muito frio e isso, definitivamente, nao combina com a imagem que eu tinha do Hawai'i.<br /><br />Fomos, entao, para uma fazenda de frutas, a Kumo Aina. Foi maravilhoso! O servico era mais leve, so' 2h/dia e mais prazeroso. O lugar era lindo, as frutas deliciosoas e algumas eram muito exoticas. O esquema da fazenda era bem natural: ela esta aos poucos se adaptando para se tornar uma fazenda permacultural, que, em pouquissimas palavras, e' um sistema de producao sustentavel bem interessante. A fazenda tinha energia solar, banheiros secos, chuveiros ao ar livre, tudo do jeito que eu gosto!<br /><br />A Big Island tem climas opostos em cada lado da ilha. No lado que ficamos a maior parte do tempo, chove praticamente todos os dias e ha' uma abundancia de verde, de vida, de biodiversidade, com uma floresta tropical maravilhosa. E arco-iris, varios, todos os dias!!!! O outro lado e' seco e ensolarado, onde fomos curtir alguns dias de merecido descanso!<br /><br />Na volta, dia 24/12, fomos passar o Natal com o pessoal da primeira fazenda, numa celebracao Hare Krishna! Foi, sem duvida, o Natal mais diferente da minha vida! E no dia 25/12, partimos para a Nova Zelandia.Adrianahttp://www.blogger.com/profile/11362203277851682851noreply@blogger.com0